RECICLARTE - Projeto Arte de Orixá

Reciclando idéias

Olá como vai?
Nossa proposta é de mão dupla, projetos tendo como o moto a produção de bens de cultura baseados nas lendas dos orixás e uma forma cooperativada de comercialização, além dos aspectos ligados a utilização consciente de recursos e ambientalismo.

A cooperativa vem tb de encontro a necessidade de apoio técnico que vamos precisar para alguns projetos e do que existe disponível no sistema SESC/SENAC e SEBRAE de apoio a iniciativas como a nossa, de reuniões que participei na Incubadora de Cooperativas da UFRJ e de reuniões promovidas pela Secretaria de Desenvolvimento Social, o SEBRAE, a comissão executiva dos Jogos Pan-americanos e representantes dos três escalões de governo para definição da identidade visual dos jogos e a certificação dos interessados em fornecer produtos e serviços semelhantes aos que postulo com o RECICLARTE além de outros artistas e artesãos.

Fiquei fascinado com o potencial que tais eventos tem a nos oferecer, e não se esqueça: ainda temos COPA DO MUNDO e OLIMPÍADAS.

Vc produz arte ou artesanato? Ou gosta de teatro e dança, ou gostaria de fazer parte como divulgador, muitas são as formas de colaborar, mesmo que seja só adquirindo algum produto que necessite dentro das opções que o grupo vai disponibilizar, são muitas as formas de ajuda.

Seja bem vindo.

Edgar

sábado, 10 de abril de 2010

A partir das lendas e estórias dos Orixás manter uma linha de trabalhos em teatro, música e dança.
Propus a nossa irmã Liz Hermann, compositora e intérprete de Músicas cujo o tema é a Umbanda e o Candomblé, que pense em produzir um CD com lendas de orixás narradas e cantadas, curimbas e toadas, de Umbanda e Candomblé, que deverão ser estudadas e trabalhadas para encenação e coreografia e filmagem, este trabalho poderá servir de apoio para o ensino dos fundamentos religiosos em terreiros e tendas de Umbanda e Candomblé para jovens e iniciantes.
Poderá ser itinerante e se apresentar nos centros de irmãos da RBU e outros que se interessem no projeto.
Todos os materiais cênicos e de veiculação e divulgação terão que ser reciclados, papéis para

impressos, material da confecção das roupas e cenários.

Tem algum ator, dançarino ou que se disponha a preparar um grupo como este?

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Algo sobre minha história...

Minha história não é das melhores, ou emocionante, mas aqui vai.

Sempre trabalhei com desenho e ilustração, meu primeiro trabalho profissional foi na campanha política para prefeituras aqui do Rio. Trabalhei em dois municípios como designer e produtor gráfico de campanha, depois como cenógrafo em um espetáculo de dança no SESC Copacabana, paralelamente fui projetista de móveis e decoração de uma loja no Rio Design Center do Leblon, montei uma estamparia e fui supervisor da confecção de minha mãe, pouco tempo tive para minha faculdade, mas menos paciência ainda, estava fazendo História da Arte na UERJ pois adoro história, patrimônio e técnicas de restauração, mas era tudo muito teórico e abandonei, fiz alguns estágios em estúdios fotográficos, fotolitos e gráficas, fiz umas duas capas de livros e muita estampa para camisetas que eu mesmo vendia e para algumas grifes voltadas para a vida marinha, surfwear e ambientalismo, fui supervisor gráfico de uma grande editora, Ed. Mergulhar, tinha muito trabalho até que o Collor entrou na presidência, daí foi só problema, perdi da noite para o dia todos os meus clientes e fiquei desempregado, eu e muita gente.

Como sempre fui viciado em livros fui convidado por um grande amigo, Aléxei Bueno, atual Diretor do Salão da Academia Brasileira de Letras para montar uma livraria, fui ser vendedor de livros usados, montamos a melhor e mais bem aparelhada livraria de livros usados do Rio, a LIVRARIA UNIVERSAL - RIO, de propriedade de Joaquim Monteiro de Carvalho ( presidente do Grupo Monteiro Aranha ) e Pedro Coreia do Lago ( livreiro paulista que depois foi presidente da Biblioteca Nacional ) sai para trabalhar em outra editora e depois em mais uma livraria de livros novos, sempre continuei a desenhar e a estudar as coisas do espírito, estudei cabala, taro, dei aulas e fiz alguns trabalhos que foram vendidos e andam por ai.

Voltei à UERJ para montar uma livraria de usados na Faculdade de Física, foi a mais completa livraria universitária da cidade, infelizmente por problemas políticos e muita inveja tive que fechar, eu e meus 15.000 livros, mas tudo bem... a vida sempre recomeça e aproveitei para fazer um curso de restauração de livros e documentos no Museu Histórico Nacional, sou especialista em livros raros, coisinhas com apenas uns 250 anos...mas já restaurei um livro com 500 anos.
Fiz vestibular de novo aos 40 e passei para UFRJ, estudei na Escola de Belas Artes durante 3 dos cinco anos do curso, para me manter e a minha família montei um pequeno ponto de venda de livros de arte na faculdade, quando não consegui refazer meu acordo de locação de espaço, tentei formar uma cooperativa de alunos para a produção de objetos de decoração e arte com reciclagem, mas não consegui mobilizar as pessoas, tive que trancar a faculdade outra vez. Adoro antiguidades, adoro livros e amo a arte.
Nestes anos de vida e trabalho já fiz de um tudo que necessite de um desenhista: do desenho de projetos arquitetônicos e decoração à projetos gráficos de revistas e livros, fui estilista e até costurar eu sei, desenhei e confeccionei sapatos para o Fashion Rio, todo o enxoval de meus filhos fui eu que fiz.
Nos últimos anos venho trabalhando com artesanato, camisetas e quadros pintados sobre orixás e temas relativos às religiões de raiz africana, no carnaval carioca como desenhista e supervisor do atelier de destaques do GRES Acadêmicos do Salgueiro, Atelier Belisário Cunha, sob minha supervisão ou responsabilidade fizemos umas 2.000 fantasias, todas as fantasias de carros alegóricos, todos os grandes destaques da escola, duas vezes ganhei o prêmio de melhor fantasia do desfile do carnaval, trabalhei lá 2005, 06 , 07, 08, tivemos uma desavença no atelier em 2009 e não trabalhei naquele carnaval.
No Carnaval 2010 fui responsável pela criação dos protótipos das fantasias dos carros alegóricos do Salgueiro e dos desenhos e bordados da fantasia de D. Maria Helena Cadar, alias como sempre. Estou lutando para que o Salgueiro abrigue o RECICLARTE, pelo menos a parte do projeto que idealizei para o Carnaval, reciclagem de materiais descartados durante a confecção das fantasias, alegorias e adereços do desfile em objetos de arte e artesanato, reciclar para reaproveitamento no Carnaval e reciclagem de materiais menos nobres para a utilização no desfile como recurso cenográfico e propaganda institucional das políticas de conservação ambiental, isso dá muito IBOPE e dinheiro de apoios externos. Você poderá ver alguns desenhos de fantasias do Renato Lage em que trabalhei como supervisor, desenhista de detalhamento e modelagem ou executor nas minhas fotos no Orkut, no www.reciclarteorixa.ning.com o grande barato era fazer uma fantasia completa, do brinco ao arranjo de cabeça, do sapato ao bordado mais delicado, é um grande barato! Mas MUUUUUUUITO estressante, um dos motivos pelo qual não trabalhei em 2009, da última vez em 2008 minha pressão foi a 22/16 depois de 4 dias sem dormir quando estava conversando com a Sabrina Satto pouco antes de vesti-la para o desfile, ia morrer desse jeito, este ano tudo foi mais ligth.
Outra coisa muito boa é que eu era um dos poucos exemplares masculinos neste universo de mulheres belíssimas e muitos gays, como sou casado me bastou sempre admirar, e muito...rsrsrsrsrs.
Espero que esta verdadeira confissão de culpa tenha te dado uma idéia de meus talentos, gostaria muito de fazer a arte e o projeto gráfico do CD ou audiobook que produzirmos, quero usa-lo como divulgação do RECICLARTE.
Sou umbandista e médium de uma tenda aqui do Rio.

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